terça-feira, 19 de junho de 2012

Encerramento do blog

O mandato deste Conselho se encerra e com ele este blog. 

Nossos mais sinceros agradecimentos pelo apoio e pelas visitas.

Suely Schraner
Conselho Gestor/ Seguimento Sociedade Civil

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulheres fortes

Uma tarde no circo com as senhoras do lar Jésus Gonçalves-FotoPeter Schraner
No crepúsculo da existência, intransponíveis ausências. Pernas bambas.
Senhoras do Lar Jésus Gonçalves. Se somar todas as idades, seculum seculorum.

Na represa de Guarapiranga, o circo Spacial. ‘Hoje tem goiabada?- Tem sim senhor. E o palhaço o que é?- É ladrão de mulher’.

Chegam claudicantes, radiantes. Bengalas pra que te quero. Ombro amigo tão sincero. Curiosidade que alegra. A gravidade, um desafio. Mais vale a suavidade. E viva a diversidade! Rara distração e muita superação. Tremenda descontração.

Aplausos. Tchauzinhos. Caras e bocas. Riem muito dos eternos palhaços. Espantam-se com a ousadia dos trapezistas e o talento dos malabares. Mágicas que intrigam, acrobatas que fascinam. Bailarinas que voam como seus pensamentos. Mais palmas para este espetáculo de luzes, ilusões modernas, picadeiros, equilíbrios e muito contorcionismo. Mandando a solidão pro espaço, apreciando a pipoca, sem querer voltar pra casa.

A primeira vez no circo é como um salto ornamental. Inolvidável. Um dia para sonhar e brilhar.

Um salto no espírito e garantia de ilusões encontradas na beleza deste dia ensolarado no inverno desta vida. Receita pra esquecer as dores e retornar à infância perdida.

Cai a tarde e bela lua cheia encerra o passeio, sinalizando um amanhã repleto de momentos para lembrar e contar.

São mulheres simples. São mulheres fortes.
E pra todas muita sorte.


Suely Aparecida Schraner - texto produzido em 26.06.2010


 


domingo, 12 de fevereiro de 2012

Confiamos em você

Por:  Marcelo Coelho

"Enquanto um produto reciclado custar mais do que o antiecológico, o meio ambiente vai sair perdendo
Pagar R$ 0,19 por um saquinho plástico biodegradável? A ideia foi mal recebida. Compreendo a revolta do consumidor.
Se os supermercados quisessem mesmo ser amigos da ecologia, poderiam oferecer de graça, durante algum tempo, sacolas permanentes aos fregueses.
Registrariam o brinde no seu cartão de fidelidade, e pronto, será responsabilidade sua se você o esquecer em casa da próxima vez.
Em todo caso, não fiquei especialmente chocado quando me pediram mais alguns centavos pelos tais saquinhos.
Em 1986, passei um tempo na Alemanha, e a prática já era essa por lá: uma moedinha de cobre, justo de 20 centavos, era cobrada por cada saco plástico que você levasse. Bem mais resistente, é verdade, que o equivalente brasileiro.
Não, o velho saquinho gratuito não deixa saudades. Quantas vezes não se rompeu, esparramando molho de tomate e xampu no chão do elevador? Uma fissura mínima naquela pele esbranquiçada se alargava em menos de um minuto; desventrava-se o conteúdo. Pior se o saco plástico estivesse carregando o lixo da cozinha.
Vale lembrar uma diferença com o sistema alemão. Da primeira vez em que fui ao mercado, agi como brasileiro, isto é, com inocência. Ainda assim a inocência me favorecia, o que também é comum com os brasileiros. Ou seja, não sabia que cobravam pelos saquinhos. Estavam espalhados, como aqui, no balcão, e peguei os de que precisava.
Ninguém reclamou. Ninguém me disse que era preciso pagar. O preço não vinha incluído no papelzinho do caixa.
Do mesmo modo, nos Estados Unidos, costuma-se pegar o jornal numa caixa de plástico e deixar o pagamento ali mesmo, sem ninguém para verificar se o consumidor é ladrão ou não é.
Na biblioteca do Instituto Goethe, onde eu fazia um curso, também não havia funcionário para ver que livro eu tinha retirado, e quando iria devolvê-lo. O professor, um jovem alemão politicamente correto, explicou o sistema para a classe heterogênea em que eu estava matriculado.
"Confiamos em vocês", disse para aquele grupo de turcos, gregos, paquistaneses, brasileiros, italianos e filipinos. "Peguem os livros que quiserem e devolvam depois de uma semana."
Ele não tinha lido, provavelmente, os últimos artigos sobre a essência canalha, animal, egoísta e cruel do ser humano. Naquela época não estavam tão em moda.
De qualquer maneira, o sistema dava certo; ou porque os mais desonestos não se interessavam pelos livros, ou porque a tão vilipendiada "natureza humana" costuma reagir bem quando é bem tratada.
Só depois de algumas semanas na Alemanha percebi que os saquinhos do supermercado custavam 20 centavos. Havia, de fato, um cartaz informando o preço. Já com boas disposições, por ter sido respeitado na biblioteca, paguei pelas sacolas alegremente.
Tirei da experiência, todavia, uma conclusão menos otimista. Na minha opinião, vale para todas as iniciativas em favor do meio ambiente.
Implico bastante, por exemplo, quando me pedem para economizar o papel da impressora. Florestas são derrubadas para fazer papel, logo devemos economizar...
Certo. Mas se devemos economizar papel, por que é tão barato?
Em última análise, a consciência de cada um pela preservação do meio ambiente pode ajudar muita coisa. Mas enquanto um produto reciclado custar mais do que o produto antiecológico, acho óbvio que o meio ambiente vai sair perdendo.
Cobrar pelos sacos plásticos não é absurdo desse ponto de vista. Claro que, em termos de relações públicas, tudo deu errado. O supermercado poderia oferecer desconto para quem trouxesse as próprias sacolas, por exemplo. Economicamente daria no mesmo.
Enquanto isso, basta ir a qualquer prateleira (detesto o termo "gôndola") para ver o enorme, o ultrajante desperdício de plástico na maioria dos produtos.
Veja-se o caso das lâminas de barbear descartáveis. O produto vem embutido numa grande e duríssima armadura de plástico: preciso de uma navalha para abrir. A razão é que, se a embalagem fosse menor, o consumidor, esse ladrão, enfiaria as lâminas no bolso e sairia sem pagar.
Um jogo cínico assim se estabelece. Nós, do supermercado, sabemos de sua boa vontade com a ecologia, mas sabemos também que você é um bandido em potencial. Temos, aliás, certeza disso: você é como nós. Com a diferença de que paga a conta."
coelhofsp@uol.com.br
Fonte: Folha de São Paulo 

"Estudo escancara desigualdade paulistana" - Folha de S.Paulo

"Estudo escancara desigualdade paulistana" - Folha de S.Paulo
Publicado em: 06/02/2012 - 13:17
 
 
 
Em 45 distritos, morador não tem acesso a biblioteca; em 26 não há leito e em outros 56 não existe quadra de esporte
Observatório Cidadão da Rede Nossa São Paulo ordenou, pela primeira vez, dados que permitem mensurar desequilíbrio

REYNALDO TUROLLO
 JR.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Que São Paulo é desigual todo mundo sabe. Pela primeira vez, porém, o Observatório Cidadão da Rede Nossa São Paulo ordenou dados de órgãos públicos de forma a tornar visível e mensurável essa desigualdade.
Os resultados são estarrecedores. Sobretudo quando se leva em conta que cada um dos 96 distritos da capital tem, em média, mais de 110 mil habitantes -uma cidade.
"Qualquer distrito é maior que 95% das cidades brasileiras. Qualquer um que não tenha algum equipamento desses é gritante", diz Oded Grajew, coordenador da rede.
Em 45 distritos, os moradores não têm acesso a bibliotecas perto de casa; 26 distritos não têm nenhum leito em hospital; e em outros 56 não existe nenhuma quadra ou espaço para praticar esportes.
As barras do gráfico abaixo ilustram as disparidades, que forçam os moradores de bairros no polo negativo do ranking a viajar entre essas "cidades" todos os dias.
"Isso piora o trânsito, a poluição, o estresse", explica Grajew.
ONDE USAR OS RECURSOS
"Organizar um espaço urbano imenso e rico como São Paulo não é um problema de dinheiro, mas de alocação de recursos", afirma o economista da PUC Ladislau Dowbor.
"[A ideia de comparar distritos] É gerar um nível de compreensão da cidade muito mais amplo. Quando a gente disponibiliza um conjunto de dados na internet, obriga a autoridade a fazer um plano de metas", diz.
"É um instrumento de pressão política."
DIFERENÇA SALARIAL
O Quadro da Desigualdade mostra ainda que salários no Butantã, Lapa e Pinheiros (zona oeste da cidade) são 2,6 vezes maiores que os de Itaquera, na zona leste da capital.
E que 1,3 milhão de paulistanos vivem em favelas -94% das casas da Vila Andrade (sul) ficam em favelas, enquanto no Jardim Paulista e em mais 11 distritos não há nenhuma.
Leia também: "Cidade desigual", artigo de Oded Grajew

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Reumatoguia

Informação também é Qualidade de Vida

Edição nº 8 da News do Portal Reumatoguia 

     



 
Lombalgia é a doença musculoesquelética  mais frequente em todas as idades e em todos os estratos socioeconômicos da população. A lombalgia é caracterizada por uma dor que fica abaixo das costelas, na região da lombar. Chamada popularmente de “dor nas costas”, ela é comum em adultos e idosos e acomete em torno de 80% da população. Quem afirma isso é o reumatologista Marcos Renato de Assis, coordenador da comissão de coluna vertebral da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

De acordo com o médico, na maioria dos casos, a lombalgia não é grave, entretanto, não pode ser descuidada e nem tratada com descaso, já que ela pode ser o princípio de alguma doença mais séria, como a espondilite anquilosante, por exemplo. “É muito comum ter dores nas costas e, por conta disso, muita gente não se preocupa em investigar. Se for uma dor que não passa, precisa ser vista por um médico, até porque pode significar o início de uma doença reumática”.

O reumatologista diz que a atenção deve ficar no tempo, ou seja, se a dor existe a mais de três meses e não tem melhora, quer dizer que é uma dor crônica e pode ser sintoma de uma doença mais grave. Agora, se é aquela que vem e passa com analgésicos normais, não precisa de grandes preocupações.

Fatores de risco
Em pessoas obesas, que têm má postura e em gestantes a dor na região lombar é bem comum.  Os idosos também têm mais chance de ter lombalgia por conta do desgaste, natural da idade.

Quando procurar um médico?
Apesar da maioria dos casos ser de ordem normal, ou seja, dor que vem e passa facilmente, é preciso ficar atento a tipos de lombalgias. As que precisam de cuidados médicos são aquelas que não passam e nem melhoram ao longo de três meses. Além disso, se elas vierem acompanhadas de febre, infecção urinária ou gastroenterite, também precisa procurar um especialista. Se a dor piora quando está em repouso também é um sinal que precisa de cuidados médicos.

Marcos Renato afirma que, para esses casos, o melhor médico a se procurar é o reumatologista, já que é o especialista responsável pela parte muscoesquelética do corpo, ou seja, indicado para este tipo de problema.

Como aliviar as dores?Se a lombalgia for simples, ou seja, não é sintoma de nenhuma doença mais grave, existem algumas técnicas que ajudam a aliviar as dores, além dos remédios. Uma delas é a acupuntura, que relaxa e é boa para lombalgias agudas. Praticar exercícios de alongamento também é um bom remédio para amenizar a dor. Pilates, Ioga, hidroginásticas são ótimos para isso.

Como prevenir?
Se a lombalgia não for sintoma de uma doença já instalada, ela pode ser prevenida. Uma das medidas a se tomar é manter a boa forma. Obesidade é uma das causas da dor na região lombar. Praticar exercícios, principalmente, os que auxiliam o alongamento são perfeitos também, proporcionando firmeza para os músculos e articulações.
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Saiba mais sobre os ODM-SP nab http://odmsp.blogspot.com/
http://sosabelhas.wordpress.com/about/

Rede Mobilizadores COEP ( Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida)   
www.mobilizadores.org.br/coep - www.mobilizadorescoep.org.br
Consumidor@ informad@ é Consumidor@ Consciente

Prezad@s Amig@s. Estamos ajudando a divulgar. Repassem. Participem. Desejamos compartilhar matérias de interesse de nossa área de atuação, acreditando estar lhe prestando, gratuitamente, um serviço relevante e de qualidade. Desculpe, quem não nos conhece, mas seu nome está na nossa lista (se quiser, retiramos) Ou, se estiver satisfeito, encaminhe-nos suas sugestões de assuntos correlatos e/ou fontes alternativas. Aos amigos, um grande abraço.NAB/CTL - FMCTL Nota:grifos/destaques nossos

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Caminhada Pare a Dor



Evento acontece às quintas e sábados; concentração se dá no Portão 7 do Parque do Ibirapuera

Entre 26/01/2012 e 25/02/2012
Até o final de fevereiro, a Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) promove a Caminhada Pare a Dor no Parque do Ibirapuera. O evento, que rola às quintas e sábados, a partir das 8h30, objetiva conscientizar a população de que sentir dor não é normal.
Os interessados devem se encontrar no Portão 7, na Avenida República do Líbano, com pelo menos dez minuto de antecedência. O grupo inicia o trajeto de 5 km previsto logo após um alongamento, que é dado por personal trainer e acompanhado por fisioterapeuta.

Maternidade Interlagos irá tratar mulheres em depressão



Notícia publicada em: 03/02/2012
A maternidade estadual Interlagos, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, abriu o período de inscrições para mulheres, a partir de 50 anos, interessadas em participar do grupo de apoio para o tratamento da depressão, que terá início no dia 29 de fevereiro. As reuniões semanais acontecerão durante um ano, sempre às quartas-feiras.

Podem participar do projeto mulheres acima de 50 anos com queixas de depressão, ansiedade, solidão e baixa autoestima. Nesses encontros serão discutidos temas que propiciem a melhora na qualidade de vida dessas mulheres e visem influenciar positivamente nos sintomas depressivos de ansiedade e depressão.

Também farão parte da programação oficinas de artesanato, aulas de alongamento, palestras com profissionais da saúde, passeios e encontro com as famílias para uma maior integração e socialização das participantes.

Antes do início das atividades do Grupo de Mulheres, as inscritas passarão por uma entrevista individual com uma psicóloga. As participantes também poderão ser acompanhadas pela clínica ginecológica, odontológica e psicológica do ambulatório e, em cada reunião, haverá aferição de pressão arterial e controle do nível de glicose sanguínea.

As atividades serão realizadas no anfiteatro do ambulatório do hospital e as vagas são limitadas. As interessadas em participar do projeto devem ligar no serviço social da unidade pelo telefone: (11) 5666-6113 ou ir pessoalmente até o ambulatório e procurar o serviço de psicologia, de segunda a sexta-feira das 8h às 18h.

As inscrições irão até o dia 28 de fevereiro. O ambulatório da maternidade estadual Interlagos fica na Rua Guaiúba, 312, no bairro de Cidade Dutra, na zona sul.