sábado, 30 de julho de 2011

Um terço da população do mundo está com hepatite



O jornal Folha de São Paulo, publicou nesta quita-feira, Dia Mundial de Combate às Hepatites, uma reportagem sobre o tema. De acordo com o texto, estima-se que 3 milhões de brasileiros estejam infectados com os tipos B e C da doença e só 30 mil estão em tratamento. Leia mais. 

Silenciosa e com alto poder de contágio, a hepatite hoje já infecta um terço da população mundial --cerca de 2 bilhões de pessoas-- causando mais de 1 milhão de mortes todos os anos.

Os dados foram divulgados nesta semana pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que marcou para hoje o primeiro Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.

A hepatite pode ser provocada por múltiplos fatores, incluindo bactérias e alguns medicamentos, mas a principal razão de alarme entre os especialistas são as hepatites virais: os tipos A, B, C, D e E .

O vírus da hepatite é mais contagioso e resistente do que o HIV e também pode ser transmitido sexualmente.

"Hoje a principal forma de contrair hepatite B é por via sexual. Embora na hepatite C também seja possível, esses casos são muito mais raros", diz Raymundo Paraná, presidente da SBH (Sociedade Brasileira de Hepatologia).

Estima-se que haja 3 milhões de infectados pelas hepatites B e C no Brasil.

"A hepatite está para o câncer de fígado como o cigarro está para o de pulmão", comparou Paraná.

Apesar da recente redução dos casos de hepatite A e C no país, os números do tipo B só cresceram na última década. Em 1999, foram 473 casos, contra 14.601 em 2009.

Os números de 2010 serão divulgados hoje pelo Ministério da Saúde que, questionado pela reportagem, não informou se houve redução.

Para conter esse avanço, o órgão determinou, no ano passado, a ampliação progressiva da idade-limite para receber a vacina gratuitamente para quem não está em grupos de risco, como profissionais de saúde e limpeza.

O teto, que era de 19 anos em 2010, passou para 24 neste ano. Em 2012, o limite será ampliado mais uma vez, agora para 29 anos.

"O Brasil é muito grande e não há um padrão único de contaminação. Com o avanço do saneamento básico, a hepatite A, transmissível pela água contaminada, foi sendo empurrada para as áreas mais carentes", explica Maria Cássia Mendes Correa, da SPI (Sociedade Paulista de Infectologia) e coordenadora de hepatites virais do Hospital das Clínicas da USP.

A hepatite costuma ser assintomática em seus anos iniciais. Por isso, as pessoas infectadas costumam descobrir a doença quando ela já está em fase avançada.
Hoje, há cerca de 30 mil pessoas em tratamento no país. O que corresponde a só cerca de 1% dos infectados. "Há uma evidente necessidade de ampliar o diagnóstico", completa Correa.

Os muitos efeitos colaterais do tratamento também costumam ser um empecilho. Além dos inconvenientes físicos, é comum que os pacientes tomem mais de 20 comprimidos por dia.

"Os efeitos colaterais existem, mas são contornáveis. É infinitamente melhor sofrê-los do que não tratar."


Fonte: Folha de São Paulo

quinta-feira, 28 de julho de 2011

SP: Definidas as especialidades que vão parar de atender os planos de saúde


Formada por representantes da Associação Paulista de Medicina, Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Sindicatos dos Médicos, Academia e Sociedades de Especialidades, a Comissão Estadual de Mobilização Médica para a Saúde Suplementar acaba de definir como será o rodízio seqüencial de suspensão ao atendimento dos planos de saúde em protesto aos baixos honorários e às interferências abusivas que impossibilitam a adequada assistência aos cidadãos. As paralisações começam em 1º em setembro e prosseguirão por tempo indeterminado até que as reivindicações sejam atendidas.
As especialidades que iniciarão o movimento, interrompendo o atendimento eletivo no primeiro mês, serão: Ginecologia e Obstetrícia (de 1º a 3 de setembro), Otorrinolaringologia (8 a 10 de setembro), Pediatria (14 a 16 de setembro), Pneumologia (21 a 23 de setembro) e Cirurgia Plástica (28 a 30 de setembro). As urgências e emergências estarão garantidas.

Os anestesiologistas terão papel diferenciado no movimento: darão apoio a todas as especialidades cirúrgicas, parando semanalmente os procedimentos das áreas que estiverem no rodízio seqüencial de suspensão. Por exemplo, interromperão os procedimentos ligados à ginecologia na primeira semana, os da otorrino na segunda semana, e assim por diante.

Reivindicações da classe
Vale lembrar que os médicos definiram como pauta do movimento estadual a recomposição do valor da consulta para R$ 80,00 e procedimentos atualizados proporcionalmente de acordo com o sistema de hierarquização da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), além de regularização dos contratos entre médicos e operadoras com a inserção de cláusula de reajuste anual baseado no índice autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos individuais.

Outro pleito é o fim das pressões das empresas para que reduzam solicitações de exames, internações e outros procedimentos, interferências inaceitáveis que colocam em risco a saúde dos cidadãos.

Processo de negociações
Até agora a Comissão Estadual abriu formalmente negociação com 34 empresas, das quais 19 na última semana. Do primeiro grupo contatado para dialogar, somente as listadas a seguir não deram qualquer resposta:

Medicina de grupo: Gama Saúde, Green Line, Intermédica;

Autogestões: ABET (Telefônica), Companhia de Engenharia de Tráfego;

Seguradoras: Notredame.

Estão em processo de negociação as listadas abaixo:

Medicina de grupo: Amil, Golden Cross, e Medial;

Autogestões:  Caixa Econômica Federal, Cassi (Banco do Brasil), Embratel e Geap;

Seguradoras: Marítima, Porto Seguro.

As 19 procuradas recentemente ainda estão no prazo para posicionamento, que se encerrará no início de agosto.

Critérios para suspensão
Os médicos do estado de São Paulo definiram que a suspensão do atendimento abrangerá todas as empresas que não abrirem negociação, além daquelas que tiveram suas propostas consideradas insuficientes. O anúncio oficial dos planos que terão a assistência interrompida acontecerá em coletiva à imprensa na sede da Associação Paulista de Medicina (Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, 278), no próximo dia 10 de agosto, às 10h.

As entidades médicas permanecem abertas à negociação e esperam chegar a um bom termo, contemplando profissionais de medicina, pacientes e operadoras, o que é essencial para o equilíbrio do sistema.
http://saudeweb.com.br/22707/sp-definidas-as-especilidades-que-vao-parar-de-atender-os-planos-de-saude/

Planos de saúde podem ser obrigados a divulgar credenciados na internet

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 1677/11, do deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), que obriga os planos de saúde a entregar aos clientes, no ato da inscrição, lista de estabelecimentos e profissionais credenciados, e o endereço do site onde constam essas informações. A proposta altera a lei dos planos de saúde (9.656/98).
A lei já obriga os planos a entregar aos clientes cópia do contrato e do regulamento do produto adquirido, além de material explicativo, em linguagem acessível, das características, direitos e obrigações do plano. Para o deputado Inocêncio Oliveira, a facilidade de uso da internet exige que a lei seja atualizada, para que o cliente tenha acesso aos profissionais e locais credenciados, de forma rápida.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo nas comissões de Defesa do Consumidor; Seguridade Social e Família; e Constituição e Justiça e de Cidadania.

http://saudeweb.com.br/22823/planos-de-saude-podem-ser-obrigados-a-divulgar-credenciados-na-internet/

Opinião | 26 de julho de 2011

“Para onde caminha a saúde suplementar”

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) publicou há menos de um mês resolução estabelecendo prazos para os planos de saúde atenderem aos beneficiários. A norma entra em vigor em aproximadamente 60 dias. As empresas infratoras estarão sujeitas a multas de até R$ 80 mil.
Em resumo, as operadoras terão até sete dias úteis para atender casos de consultas básicas, como pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia, por exemplo. Consultas nas demais especialidades deverão ser feitas em até 14 dias e os procedimentos de alta complexidade em até 21 dias úteis, entre outros pontos.
A resolução é louvável, pois busca a melhoria da assistência aos cidadãos. Se não surtir efeito imediato, ao menos tende a mostrar à opinião pública mais um dos vários descalabros que ocorrem hoje no sistema da saúde suplementar.
Com foco excessivamente mercantilista, alguns planos de saúde aproveitam a melhoria da condição econômica de parte da população para inflar suas carteiras de clientes. No entanto, não aumentam a rede credenciada visando a ampliar os altos lucros. Conclusão: os pacientes pagam caro e permanecem desassistidos.
A própria imprensa fez recentemente um Raio-X do setor. Apontou que a rede credenciada está à beira do colapso. Os números são estarrecedores: houve a queda vertiginosa de 24.858 clínicas ou ambulatórios de 2008 para 14.716 em 2010; de 90.740 consultórios para 62.246. De 1.270 hospitais especializados despencamos para 424. De 5.187 hospitais gerais para 1.408. De 4.195 policlínicas para 1.663. De 145 prontos-socorros especializados para 52. De 588 prontos-socorros gerais para 48. E de 15.015 unidades de apoio à diagnose e terapia para 6.527.
Problemas como esses refletem um quadro sombrio: atualmente, pacientes e médicos são vítimas da relação desigual com operadoras e seguros saúde. Nos órgãos de Defesa do Consumidor, são recordes as queixas de negativas de cobertura e aumentos abusivos. Já os profissionais de medicina padecem com os honorários aviltantes e as pressões para que reduzam pedidos de exames, de internações, de procedimentos diversos, e para acelerar altas, o que é um atentado à saúde e à vida.
Nós médicos suspenderemos em 1º de setembro o atendimento a seis planos de saúde que se negaram a ouvir nossas reivindicações. É um protesto em sinal de solidariedade aos pacientes e por honorários dignos. Junto aos cidadãos e às representações da sociedade civil que têm nos demonstrado fundamental apoio, insistiremos no diálogo e na mudança concreta e saudável do setor.
Temos certeza de que, se formos firmes nas nossas convicções e atitudes, alcançaremos uma saúde suplementar de qualidade para todos os brasileiros. Com sensibilidade e diálogo, como já vem ocorrendo com algumas empresas, todos ganharão.
Jorge Carlos Machado Curi, presidente da Associação Paulista de Medicina
http://saudeweb.com.br/22847/para-onde-caminha-a-saude-suplementar/
--
Saiba mais sobre os ODM-SP nab http://odmsp.blogspot.com/

http://sosabelhas.wordpress.com/about/

Rede Mobilizadores COEP ( Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida )
www.mobilizadores.org.br/coep - www.mobilizadorescoep.org.br

Prezados Amigos. Estamos ajudando a divulgar. Repassem. Participem. Desejamos compartilhar matérias de interesse de nossa área de atuação, acreditando estar lhe prestando, gratuitamente, um serviço relevante e de qualidade. Desculpe, quem não nos conhece, mas seu nome está na nossa lista (se quiser, retiramos) Ou, se estiver satisfeito, encaminhe-nos suas sugestões de assuntos correlatos e/ou fontes alternativas. Aos amigos, um grande abraço. NAB Nota:grifos/destaques nossos

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Bazar Beneficente


O Bazar da UBS Veleiros é um espaço para integração e boas práticas.

Prepare-se:
Dia 08 Agosto, 2a. Feira das 8 as 15h
Local: UBS Veleiros, av. Clara Mantelli 185-Veleiros

Realização Conselho Gestor da UBS Veleiros

Muito se fala em reciclagem, de reuso, nem tanto. Colabore com o meio ambiente participando do nosso Bazar Beneficente.Divulgue para os amigos.

Utensílios domésticos e brinquedos há muito encostados ganham vida nova.

Numa ação conjunta, doamos e captamos doações. Incentivamos a prática dos 3 R’s: Reduzir a geração de resíduos, Reutilizar o resíduo, Reciclar o resíduo. Evitar assim, que muita coisa vá parar nos aterros.

Um trabalho exaustivo que desperta a consciência do quanto somos efêmeros. A vida não é apenas uma célula. É muito mais. Nesta complexidade da existência volátil, de meros mortais, respirar é uma dádiva. Agir e compartilhar, um alento. Possibilidade de auto-expansão. É ajudando que se ajuda.
Fotos Peter Schraner
 
Suely Aparecida Schraner
 

Ultrassom israelense, que destrói células cancerígenas, é instalado em hospital de São Paulo


Único na América Latina, um avançado aparelho de ultrassom de alta freqüência, que utiliza tecnologia israelense, foi instalado no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e estará disponível à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele destrói células cancerígenas sem a necessidade de cirurgia e anestesia. A principal vantagem é que as áreas ao redor do tumor não são afetadas, já que a técnica é muito precisa, só ataca onde é necessário. Ela também dispensa o uso de anestésicos e permite que os pacientes fiquem conscientes durante toda a operação. Além disto, o procedimento não causa dor intensa. A cerimônia de inauguração contou com a presença d o governador Geraldo Alckmin.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Site dá orientação sobre terapia de emergência após contato com HIV



Um site lançado neste mês pela Coordenação Estadual DST/Aids-SP, ligada à Secretaria de Estado da Saúde, dá orientações sobre como se prevenir da infecção pelo HIV após o contato com o vírus.
A terapia, conhecida como PEP (Profilaxia Pós-Exposição), usa antirretrovirais e deve começar horas depois da contaminação. O tratamento dura 28 dias, sem interrupção, e é feito sob orientação médica.
A profilaxia é indicada para pessoas que suspeitam ter se exposto ao vírus após relação sexual com penetração sem camisinha com alguém que vive com HIV ou que não se sabe se tem ou não o vírus.
Essa forma de prevenção já é usada com sucesso nos casos de violência sexual e de profissionais de saúde que se acidentam com agulhas.
O ideal é que os remédios sejam tomados em até duas horas após a exposição ao HIV e, no máximo, após 72 horas.

O site esclarece dúvidas sobre sobre o tratamento e oferece mais de 300 endereços de serviços onde a profilaxia pós-exposição está disponível.
Além do site (www3.crt.saude.sp.gov.br/profilaxia/hotsite), a secretaria de saúde tem um telefone para orientações: 0800-16-2550.


Fonte: Folha de S.Paulo
Notícia publicada em: 26/07/2011
Autor: Indefinido

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Convênio dificulta adesão de idosos



Idosos têm enfrentado dificuldade para contratar planos de saúde, segundo reportagem de Talita Bedinelli publicada na edição desta segunda-feira da Folha.A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
De acordo com o texto, os convênios estão criando dificuldades para a adesão porque o Estatuto do Idoso impede que planos individuais sejam reajustados por faixa etária depois que o usuário completa 59 anos. A advogada Renata Vilhena Silva, especialista na área de saúde, diz que a prática é irregular.
A Folha contatou dez corretores, dizendo que queria contratar um plano para uma idosa de 67 anos. Para maiores de 59 anos, disseram que não poderiam vender planos da Amil, Medial, Dix, Unimed Paulistana e Intermédica, as maiores de SP para planos individuais. Três disseram que não os vendem pois as empresas não pagam comissão nesse caso.
OUTRO LADO
A Intermédica reconhece não pagar comissão para corretores que fazem planos para idosos. Ela afirma que, com isso, pretende direcionar melhor o atendimento ao idoso, pois o cliente procura diretamente a empresa e passa por uma avaliação física.
A Unimed Paulistana só informou que 'todos os planos comercializados e dirigidos a todas as faixas etárias estão em conformidade às normas preconizadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar'. Não comentou sobre o não comissionamento dos corretores.
A Amil (que responde ainda por Medial e Dix) não retornou até a publicação
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/949271-planos-de-saude-tentam-dificultar-adesao-de-idosos.shtml

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Paulada no SUS

É uma bordoada a recente regulamentação da lei paulista que permite a venda para planos de saúde de até 25% da capacidade dos hospitais públicos gerenciados por organizações sociais.

Por Ligia Bahia e Mário Scheffer *

Desde o famigerado Plano de Atendimento à Saúde (PAS), criado por Maluf, uma política de governo não atingia assim, de chofre, o Sistema Único de Saúde (SUS).

Reprise do mesmo drama, abrem-se as torneiras que irrigam empresas privadas com dinheiro público. O PAS ensinou que a gambiarra de governantes, baseada em legislação questionável e financiamento improvisado, não resiste à próxima eleição, mas enriquece alguns à custa do calote no SUS.

Para justificar o ardil, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo identificou que 18% dos pacientes atendidos em hospitais públicos têm plano privado. Por que até hoje não viabilizou essa cobrança por meio da Agência Nacional de Saúde Suplementar?

A falsa alegação de que a lei federal do ressarcimento não é extensiva às organizações sociais e o suposto efeito Robin Hood (tirar dos planos para melhorar o SUS) escondem interesses cruzados.

Uma mão lava a outra: as organizações sociais precisam de dinheiro novo para manter sua vitrine assistencial, e os planos e seguros de saúde querem ostentar hospitais públicos de alta complexidade em suas redes credenciadas.

Há um negócio bilionário em ascensão, de planos populares a menos de R$ 100 por mês, que só é viável com o uso da capacidade instalada do SUS. Os planos de saúde já vivem de subsídios públicos.

Eles ajudam a eleger políticos, lucram com a renúncia fiscal, com a isenção de impostos e com repasses do erário para convênios médicos do funcionalismo.

Ao mesmo tempo, empurram para as contas do SUS idosos e doentes -que não têm condição de arcar com o aumento das mensalidades decorrentes do passar da idade ou cujo acesso é vetado a tratamentos mais caros.

Uma em cada cinco pessoas com câncer vinculadas a planos de saúde são jogadas ao mar e buscam socorro no SUS.

Ajudar empresas altamente lucrativas que não cumprem seu papel já é uma inversão perversa. Celebrar contratos para o atendimento aos clientes de planos, que pensam ter escapado das alegadas agruras da rede pública, constitui requinte de iniquidade.

A aventura em curso nada tem a ver com o ressarcimento, que prevê critérios de justiça contábil para atendimentos eventuais e limitados. O que está em jogo, já testado em hospitais universitários do Estado, é a expansão da fila dupla, verdadeiro apartheid que dá acesso privilegiado a quem tem plano e reserva a porta dos fundos para a "gente diferenciada" do SUS. Não dá para transigir com essa distorção escandalosa.


* Ligia Bahia é doutora em saúde pública, é professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

* Mário Scheffer é doutor em ciências, é pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Ambos são autores do livro "Planos e Seguros de Saúde: O que Todos Devem Saber sobre a Assistência Médica Suplementar no Brasil" (Editora Unesp)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Há áreas em que o problema não é recurso, mas organização


De acordo com o TCM de São Paulo, o total de gastos em saúde na cidade foi, em 2010, de R$ 5.412.474.041, o que corresponde a R$ 481,35 ou US$ 290 por habitante.
Devemos reconhecer que o município está realizando um esforço significativo no setor -gastou em saúde 18,56% das receitas decorrentes de impostos, acima da exigência constitucional de 15%. O município não tem condições de aumentar significativamente esse gasto. Mas é possível otimizar a aplicação dos recursos atualmente alocados em saúde.
Veja-se, por exemplo, a produção das Amas Especialidades no município. Todas as 11 unidades, operadas por meio de OS, realizaram uma média de exames/dia que variava de 10 (Texima Boa Esperança - ultrassom doppler) a 20,2 (Vila Constancia - ultrassom), quando o parâmetro fixado pela Secretaria Municipal de Saúde foi de 24 exames/dia. O TCM atribui a menor utilização a três fatores: alta taxa de absenteísmo, falta de profissionais e ineficiência na disponibilização de vagas para exames de imagem.
O problema da grande espera, segundo o TCM, foi gerado pela falta de médicos (das 35 unidades visitadas, 39% apresentavam escalas de médicos incompletas) e pela falta de equipamentos (40,5% dos equipamentos visitados não passaram por manutenções preventivas). São áreas em que o problema principal não é de recursos, mas de organização.
A resolutividade no sistema de saúde é importante. Não importa apenas que as pessoas sejam atendidas, mas que sejam atendidas com presteza e o problema seja resolvido.
Um caminho de aprimoramento do sistema é o apoio ao Programa de Saúde da Família. As visitas periódicas das equipes de saúde às diversas famílias poderiam auxiliar, por exemplo, na redução da taxa de absenteísmo.   Fonte: Folha SP de 21.07.2011Por: Antonio Carlos Campino (Professor de Economia FEA/USP)
       

quarta-feira, 20 de julho de 2011

INSS divulga na segunda lista de quem se aposentou de 1991 a 2004 e tem revisão



O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) irá divulgar na segunda-feira a lista dos segurados que irão receber o aumento da revisão pelo teto entre 1º e 8 de setembro, segundo o Ministério da Previdência. Para saber se será beneficiado, o segurado deverá ligar para o telefone 135, de segunda a sábado, das 7h às 22h.
Os 117.135 segurados com direito à revisão terão de consultar a lista com o número de benefício -eles começaram a receber do INSS de 5 de abril de 1991 a 1º de janeiro de 2004 e não receberam o reajuste do teto em 1998 e em 2004.
Segundo a proposta de pagamento que o governo enviou à Justiça de São Paulo, terão direito os segurados que, em dezembro de 1998 e em dezembro de 2003, recebiam, respectivamente, R$ 1.081,50 ou R$ 1.869,34.
Segundo a Contadoria da Justiça Federal do Rio Grande do Sul, esses valores correspondem, hoje, a um benefício de R$ 2.589,87 (para aposentados entre 1991 e 1998) ou R$ 2.873,79 (para aposentados entre 1998 e 2004).
Quem recebe R$ 0,20 para cima ou para baixo também poderá ser beneficiado.
Porém, o cálculo considera que o segurado já teve a revisão da URV (Unidade Real de Valor).
O índice de aumento só poderá ser consultado por volta de 20 de agosto, no extrato bancário disponível no sitewww.previdencia.gov.br.
O aumento médio será de R$ 240 e representa um gasto de R$ 28 milhões mensais.
Já os 131.161 segurados com direito a atrasados, que são as diferenças que deixaram de ser pagas nos últimos cinco anos, terão que esperar mais para fazer a consulta.
A ligação para o 135 é gratuita de telefones fixos.
(Folha SP, 20.07.2011)