sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Voluntariado


Voluntariado, transformação e a sociedade brasileira
THIAGO A. SOARES PINTO *
PLANETA VOLUNTÁRIOS

A origem do trabalho voluntário no Brasil remete-nos à colonização portuguesa, nos idos de 1512, com as Santas Casas de Misericórdia que atendiam os mais necessitados, passando pelo início do século 20, período em que o trabalho voluntário era praticado pelas damas da caridade, senhoras de famílias tradicionais que se ocupavam das ações filantrópicas para promover sua imagem por meio da ajuda aos carentes. 

A Constituição Federal de 1988, ao trazer a retomada dos direitos e garantias individuais, permitiu que os movimentos sociais, antes reprimidos pelo regime militar, ressurgissem oportunizando ao trabalho voluntário conquistar espaço e expressão na sociedade brasileira.

Os últimos 20 anos foram de solidificação da importância do voluntariado para o desenvolvimento social o que se deu, também, por contribuição do Programa Comunidade Solidária, promovido pela então primeira-dama Ruth Cardoso, que objetivou uma reorganização do Terceiro Setor e, por óbvio, do trabalho voluntário; além de outras ações importantes como a mobilização social que resultou na Lei federal 9.608/98 trazendo o trabalho voluntário ao ordenamento jurídico brasileiro.

Esta história e as movimentações da sociedade organizada proporcionaram notoriedade ao voluntariado, conduzindo-nos a um novo olhar: ser voluntário para inovar no tratamento das afetações sociais, focando a prevenção e não apenas a reparação.

Trata-se do novo voluntariado, a partir do qual o cidadão deixa de olhar com dó para as dificuldades sociais, percebe-se copartícipe da sociedade e, portanto, corresponsável no enfrentamento dos problemas sociais.
Mas, certamente, esta reflexão traz consigo uma dúvida: teria, então, o novo voluntariado que ser pautado por grandes ações, geradoras de resultados expressivos e de ampla repercussão? Sem dúvidas, não! 
O que se busca são ações que não estejam sustentadas na ideia da compaixão, mas focadas na participação cidadã. A ação voluntária, em si, pode ser simples como, mensalmente, coletar doações para uma instituição; ou complexas, como organizar uma campanha de conscientização sobre determinado assunto importando, apenas, que a motivação desta prática seja a colaboração transformadora e não o mero assistencialismo registrado em nossa história. 

Dois aspectos importantes que influem no trabalho voluntário são: os requisitos e a carga horária. Subjetivamente, devem-se observar os requisitos da disposição e da aptidão. Disposição para encarar com responsabilidade o trabalho voluntário; e aptidão (capacidade) para desenvolver a tarefa proposta.
De modo simples: qualquer pessoa pode ser voluntária, desde que tenha boa vontade e alguma habilidade para doar. No âmbito legal, requer-se que a ação seja realizada em instituição pública (órgãos e entidades governamentais em geral) ou instituição privada sem fins lucrativos e com objetivos filantrópicos.
Nada que assuste: uma ONG ou algum projeto social promovido pelo governo. No tocante à carga horária, diante da omissão deixada pela Lei 9.608/98 e da análise da legislação esparsa, fica a recomendação para que a ação voluntária esteja na margem de quatro horas semanais, garantindo a qualidade das demais atividades de nossa vida (lazer, trabalho etc.).
Outro aspecto relevante é o plano dos direitos e deveres relativos ao voluntariado: é obrigação do voluntário, por exemplo, desenvolver com responsabilidade e continuidade a atividade com a qual se comprometeu e informar à instituição quando não puder mais comparecer, pedindo para que seja celebrado o Termo de Desligamento que, mesmo não previsto em lei, representa importante garantia tanto ao voluntário quanto à instituição.
E este termo nos coloca no campo dos direitos ao lembrarmos, também, que a lei determina a celebração do Termo de Adesão ao Serviço Voluntário, no qual serão especificadas as condições do trabalho voluntário, tais como: periodicidade, horários e a atividade em si. 

Aos que desejarem orientações para encontrar uma vaga de serviço voluntário ou outras informações sobre o tema, podem procurar um dos Centros de Voluntariado espalhados pelo país que promovem ações educativas para qualificar a mão de obra voluntária, bem como aprimorar a gestão de voluntários por parte das instituições sociais, fazendo um elo entre pessoas e instituições para promover a transformação positiva de nossa sociedade. 

*Thiago A. Soares Pinto é Especialista em Gestão do Terceiro Setor e analista de Projetos do Centro de Ação Voluntária de Curitiba

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

BBV III (O bom do bairro de Veleiros)

 

Teatro Humboldt apresenta lenda do Choro Brasileiro

O Teatro Humboldt recebe em seu palco, hoje dia 29, às 20h30, Izaías e seus chorões, grupo que é considerado uma lenda do Choro Brasileiro. No repertório diversificado, o grupo promete emocionar o público presente com composições do final do século XIX e composições atuais, além de interpretações de grandes nomes da Música Popular Brasileira, como Henrique Alves de Mesquita, Jacob do Bandolim e Tom Jobim. Izaías e seus chorões também vão apresentar composições próprias.
O grupo é formado pelos músicos Izaías Bueno de Almeida (bandolim), Israel de Almeira (violão 7 cordas), Edmilson Capelupi (violão 6 cordas), Haroldo Capelupi (cavaquinho) e José Reli (pandeiro). Izaías e seu irmão Israel foram os fundadores do conjunto na década de 70. Os dois eram integrantes do tradicional Conjunto Atlântico de Antônio Dauria e decidiram criar um projeto de valorização do Choro de raiz.
Durante sua trajetória, o grupo fez várias apresentações e parcerias com músicos como Paulinho da Viola, Arthur Moreira e Altamiro Carilho. Também gravaram os álbuns “O Fino Bandolim”, “O regional brasileiro na música dos Beatles” e “Pé na cadeira”. Izaías e seus chorões receberam diferentes prêmios da Música Popular Brasileira e, em 1999, o grupo conquistou o de melhor CD instrumental, no Prêmio Movimento da MPB – um dos concursos mais importantes da música brasileira.

Ingressos*:
1 quilo de alimento não perecível (exceto sal e açúcar) ou
R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
* Os alimentos arrecadados serão doados à Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho e Aparecida
Local: Teatro Humboldt (Av. Eng. Alberto Kuhlmann, 525 – Interlagos, São Paulo)
Data: 29/09/2011
Horário:20h30
Capacidade: 432 lugares

sábado, 24 de setembro de 2011

Dica de consulta de remédios

Basta digitar o nome do remédio desejado no site abaixo, e você terá também os genéricos e os similaresde todas as marcas,com os respectivos preços em todo o Território Nacional..

http://www.consultaremedios.com.br/

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Hospital do Homem em São Paulo




O Governo do Estado de São Paulo investiu R$ 2 milhões na compra de equipamentos de ultrassom, urologia, litotripsia (que destrói o cálculo renal através de ondas de impacto).

O Hospital do Homem ocupa uma área de 1,1 mil m².

A unidade reúne especialidades médicas como andrologia, patologias da próstata e urologia, além dos núcleos de alta resultabilidade (check-up) e de ensino e pesquisa.

O departamento de patologias da próstata é dividido em dois setores: diagnóstico e tratamento das DST, prostatites (infecções da próstata causadas por bactérias e vírus) e prevenção do HIV e HPV; e tumores (câncer e hiperplasia benigna da próstata).

Já na área de urologia, o Centro conta com profissionais de nefrologia (hipertensão renovascular e transplante renal), endocrinologia, neurologia (disfunções da vesícula, uretrais e incontinência urinária) e urologias geriátrica e plástica.

AJUDE A DIVULGAR, MESMO QUE VOCÊ NÃO RESIDA NA CAPITAL, POIS É PÚBLICO, E, POR DESCONHECIMENTO DA POPULAÇÃO SEU USO É PEQUENO E NÃO TEM JUSTIFICADO O INVESTIMENTO.

O Hospital do Homem funciona onde é o Hospital Brigadeiro, na Av. Brigadeiro Luis Antonio, 2.651 - Jd. Paulista - São Paulo/SP.
Telefones: (11) 3289-2421
Fax: (11) 3284-8650

http://webnota10.blogspot.com/2011/05/hospital-do-homem-em-sao-paulo.html

Saúde e sustentabilidade -video Evangelina Vormittag

Vídeo da apresentação da palestrantrante Evangelina Vormittag, presidente do Instituto Saúde e Sustentabilidade. Este vídeo foi gravado ao vivo durante o evento TEDxVilaMadá realizado em 25 de agosto de 2011, sobre o tema "Bem-estar integral".

Os garotos do Brasil - Por: Ruy Castro




RIO DE JANEIRO - Sócrates, 57, volta para casa depois de 17 dias entre a vida e a morte no hospital por complicações decorrentes de cirrose do fígado. A partir de agora, não poderá mais beber álcool.
Mas isso não fará dele um ex-alcoólatra. Assim como o diabético que deixa de comer açúcar não se torna ex-diabético -torna-se apenas um diabético que deixou de comer açúcar-, Sócrates continuará sendo alcoólatra. Apenas terá deixado de beber.
Para a indústria cervejeira, sua doença é um desastre. Demonstra que ninguém, nem mesmo um homem inteligente, cidadão admirado e, ainda por cima, médico, como Sócrates, está a salvo de seu produto. Que este produto não é diferente dos "mais fortes", como os destilados, e que, apesar disso, entra alegremente pelas casas via televisão, patrocinando inclusive a seleção brasileira.
Pois não é irônico que Sócrates, que já foi um dos símbolos desta como atleta nos anos 80, quase tenha morrido do produto que patrocina hoje a seleção?
Trinta anos de consumo firme e crescente de cerveja renderam-lhe a cirrose cujos sintomas ele, como médico, deve ter percebido há muito. Sócrates percebeu, mas continuou a beber. Por quê? Porque o alcoolismo é progressivo e, depois de certa etapa, quem manda não é a razão, mas o organismo, e este quer sempre mais.
Sócrates pertence aos 15% da humanidade que podem beber muito sem sentir os efeitos adversos do álcool, como embriaguez, intoxicação e ressaca.
Só isso explica que, com seu histórico de copo, nunca tenha sido advertido pelos médicos de seus clubes -que também não entendem de alcoolismo.
Sócrates disse que, se saísse dessa, iria fazer trabalho social junto às crianças da Venezuela. Faria melhor se ficasse aqui e contasse sua história para os garotos do Brasil.
Fonte: Caderno Opinião A2 –Folha de São Paulo 23.09.2011

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Rede de colaboradores na UBS Veleiros




Sustentabilidade: O Conselho Gestor / Seguimento Sociedade Civil, promove bazar beneficente com doações obtidas de amigos, familiares, usuários e pelos próprios integrantes. Atuamos em rede. Somos gratos aos que muito contribuem para o sucesso da nossa atividade:

·        Biblioteca Malba Tahan –Livros, revistas, palestras, oficinas, palestras e shows
·        Casa Pepe Calçados – Captação doações para o Bazar
·        Comerciantes locais (*) – Doação de itens para o Café da Manhã dos Idosos
·        Grupo Escoteiro Almirante Tamandaré – Doações e espaço (esporádico), para o grupo de Yoga.
·        Rotary Club Cidade Dutra – Já doaram a senha eletrônica, cortinas hospitalares, bobinas de senha, participação na pintura interna e doação para o bazar.
·        Teatro Humboldt – espaço para a realização da Yoga
·        Telecentro Malba Tahan – Inclusão digital: cursos, palestras e internet livre

(*) Contribuíram no Café da Manhã dos Idosos 2011:

Bomboniere Sonho Doce / Carrefour Bairro - Interlagos
Empórium Real / Johrei Center Veleiros
Grupo Escoteiro Almirante Tamandaré-GEAT / Joinville Flores  Mini-Mercado Interlagos / Osvaldo Bolos / Ouro d'agua 
Pãese Doces Veleiros / Panificadora Delikatesse VIII  
Panificadora Espinheiro / Panificadora Nova Suzy  
Patricia Depilação / Supermercado Villa’s / Rebecca's Modas  Suzana Malhas / Tenda Atacado - Av. Atlantica nº 1000  
Voluntários: Neuza G. Merli, Neusa R. Conejo, Peter Schraner, Assistente social Tatiane de S. Barreto e Alunos (UNISA) da Profª Enfermeira Silvia P. A. Peneiras.


Muito obrigada!
Suely Schraner





 
 

Dica cultural grátis

ARTE E MEDICINA

Encontros e Palestras

Sob coordenação do professor André Mota, coordenador do Museu Histórico Faculdade de Medicina da USP, acontece uma palestra acompanhada de visita monitorada ao Museu, onde está em cartaz a exposição “Arte e Medicina: Interfaces de uma profissão” que por meio de pergaminhos, jornais, revistas, peças históricas e retratos de médicos pintados por Cândido Portinari e Tarsila do Amaral ajuda a contar a história da Medicina.

Quando: 22/9 | qui., 12 às 14h

Onde:
Faculdade de Medicina – Teatro e Museu
Av. Doutor Arnaldo, 455

Quanto: atividade gratuita

Informações: (11) 3061-7185/ 7249 | www.fm.usp.br

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Dica cultural grátis (BBV III )



Preparando o corpo e a mente para os prazeres da Leitura.
Com Dorotilde de Paula

A oficina visa o conhecimento de técnicas introdutórias de percepção corporal para a experiência da aprendizagem e relaxamento físico e mental. O prazer da leitura poderá ser reincorporado como prática regular a partir do corpo e mente capacitados para apreender, assimilar, sentir e vivenciar os textos escolhidos.    Público alvo: estudantes acima de 14 anos, adultos em geral e professores.
28 de setembro das 13h às 17h
Biblioteca Pública Malba Tahan
Rua Brás Pires Meira, 100 – Jd. Suzana
Tel.: 5523-4556


Sergio Luiz de Andrade
Bibl. Pública Malba Tahan
Coordenador

Prefeitura oferece tratamento e aparelhos de surdez a usuários do SUS


Extraído de: Prefeitura de São Paulo  - 12 de Setembro de 2011

A Secretaria da Saúde oferece, gratuitamente, aparelhos auditivos aos pacientes assistidos pela rede de saúde municipal. Em 2010, foram realizadas 9.629 avaliações e fornecidos 12.979 aparelhos auditivos na Cidade. De janeiro a junho de 2011, o número de avaliações chegou a 5.212, com 8.651 aparelhos distribuídos.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), comprometida com o atendimento integral da saúde do paulistano, oferece, gratuitamente, aparelhos auditivos aos pacientes assistidos pela rede de saúde municipal. Em 2010, foram realizadas 9.629 avaliações e fornecidos 12.979 aparelhos auditivos na Cidade. De janeiro a junho de 2011, o número de avaliações chegou a 5.212, com 8.651 aparelhos distribuídos pelos oito serviços da Cidade.
Qualquer pessoa com suspeita de perda auditiva deve comparecer à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais perto de onde mora ou trabalha. O paciente será encaminhado a uma das 16 unidades do Núcleo Integrado de Saúde Auditiva (Nisa) e passará por avaliação pelo otorrinolaringologista. "Constatada a necessidade de aparelho auditivo, o Nisa realiza o agendamento no serviço de referência, acompanha todo o processo até o retorno, quando irá avaliar os benefícios e a satisfação das pessoas quanto ao uso do aparelho fornecido pelo SUS, intervindo com ações complementares para alcançar este objetivo", afirma a fonoaudióloga e coordenadora da Saúde da Pessoa com Deficiência da Secretaria Municipal da Saúde, Sandra Maria Vieira Tristão de Almeida.
A ação é desenvolvida exclusivamente por serviços especializados, composto por equipes, estrutura física e funcionamento com características definidas pela legislação. Esses serviços são divididos entre média e alta complexidade. O primeiro atende pacientes maiores de três anos com problemas auditivos. Os de alta complexidade atendem pessoas com qualquer característica, inclusive crianças menores de três anos e as que possuem outros problemas associados. Os serviços de média complexidade possuem otorrinolaringologista, psicólogo, fonoaudiólogo e assistente social. Os de alta têm a mesma constituição de equipe e também um pediatra, um neurologista e/ou neuropediatra.
A rede de atenção à saúde auditiva é composta por oito serviços na cidade de São Paulo. Dois são próprios do Município. Os Ambulatórios de Especialidades de Pirituba e da Penha possuem duas unidades (uma em cada um) do Nisa. Outras três unidades estão sob gestão municipal (Derdic, Cema e Santa Casa de Santo Amaro). O Hospital das Clínicas, a Unifesp e a Santa Casa de São Paulo encontram-se sob a responsabilidade do Estado.
Os serviços realizam diagnóstico, seleção, fornecem o aparelho (de acordo com a necessidade do paciente), acompanham seu uso e oferecem a terapia fonoaudiológica. A proposta é que o paciente retorne ao serviço pelo menos uma vez ao ano para verificar o funcionamento do aparelho e fazer nova avaliação audiológica.
O fornecimento de aparelhos auditivos pelo SUS está organizado segundo as diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Saúde Auditiva e legislação complementar, que definiu ações e serviços para atenção à saúde auditiva dos brasileiros, em diferentes níveis de complexidade.
Ação já é integrada ao Programa Mãe Paulistana
Desde agosto de 2010, os bebês que nascem nas maternidades integradas ao Programa Mãe Paulistana passam por triagem auditiva. É o teste da orelhinha. São cerca de 4 mil nascidos triados por mês. O objetivo é detectar precocemente possíveis deficiências auditivas.
Quatro empresas contratadas realizam a triagem. Os bebês passam pelo teste e as mães são orientadas sobre o desenvolvimento da audição e como prevenir doenças que causam problemas auditivos. Se o teste apresentar alguma alteração, o bebê realizará novo teste. Se a falha auditiva persistir, a criança será agendada em um dos serviços de alta complexidade para realizar o diagnóstico e o tratamento.
Segundo a fonoaudióloga Sandra Maria Vieira, passar no teste significa que o bebê nasceu ouvindo bem. Alguns fatores, porém, podem prejudicar a audição pós-nascimento. "Falhar na triagem não significa que a criança seja surda, mas que há necessidade de uma investigação especializada. Além da surdez, existem outros problemas que afetam a audição e são importantes de serem identificados e tratados precocemente, para melhor desenvolvimento da criança", orienta.
Até maio deste ano, foram feitas 33 mil triagens, com 90 encaminhamentos para diagnóstico.

BBV II (O bom do bairro de Veleiros)




Quintas Musicais
Dia 29 de setembro 20:30 hs
Izaías e seus chorões é o grupo mais antigo de São Paulo em atividade. Foi criado por dois dos mais requisitados músicos de nosso país, o bandolinista Izaías Bueno De Almeida e seu irmão, o violonista Israel 7 Cordas.Apresentam repertório variado com composições do final do século XIX até os dias atuais, de autores como Joaquim Antônio da Silva Callado, Garoto e Tom Jobim.Para ver e ouvir com o coração!   
Ingressos:
um quilo de alimento não perecível (exceto sal e açucar) OU
R$ 10,00 (inteira)
R$ 5,00 (meia-entrada)
Teatro Humboldt:
Av. Engº Alberto Kuhlmann, 525
Vila Friburgo - tel: 11 5686-4055
www.teatrohumboldt.com.br


A arrecadação de alimentos sera destinada
para a Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho e Aparecida.

Teatro
Inaugurado no 1º semestre de 2003, o Teatro Humboldt dispõe de todas as condições arquitetônicas, técnicas e profissionais de um espaço cênico de primeira linha. Seu propósito é oferecer uma programação que priorize a qualidade artística e cultural, a diversidade temática, a adequação aos públicos-alvo e o profissionalismo.
Atua como um difusor cultural apresentando temporadas de espetáculos teatrais profissionais intercaladas por apresentações de outras formas de expressões artísticas, como a dança, a música e a reflexão, integrando-se ao melhor circuito cultural da cidade.
Fonte: http://www.humboldt.com.br/teatro/index.asp

sábado, 10 de setembro de 2011

O fim da poliomielite por Drauzio Varella

Fonte: Folha de São Paulo



De cada 3,2 milhões de crianças que recebem a vacina Sabin, uma pode apresentar complicação



Uma criança de Minas apresentou paralisia nas pernas depois de tomar a vacina contra a poliomielite, noticiou a Folha. Segundo o Ministério da Saúde, fica difícil confirmar o diagnóstico porque o período transcorrido desde a imunização é longo demais.
De qualquer forma, de cada 3,2 milhões de crianças que recebem a gotinha da vacina Sabin, uma pode apresentar essa complicação. Tal número, aceitável do ponto de vista estatístico, significa uma tragédia para a família da criança atingida.
O caso ilustra a complexidade das intervenções em saúde pública.
Existem duas vacinas contra a pólio: a Salk, que emprega vírus mortos administrados por via injetável; e a Sabin, preparada com vírus vivos atenuados, passíveis de administração oral. Por conter apenas vírus mortos, a Salk não pode provocar paralisias.
Introduzida em 1962, a vacina Sabin mostrou-se mais eficaz para a vacinação em massa, pela comodidade da via oral e pelo fato de o vírus atenuado nela contido ser excretado nas fezes, podendo conferir imunidade aos não vacinados que entrarem em contato com ele nas regiões sem saneamento.
Em 1988, ano em que ocorreram 350 mil casos da doença no mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tomou a decisão de erradicar esse flagelo de uma vez por todas.
A pretensão era ousada, mas razoável: se em 1977 tínhamos acabado com a varíola, por que não conseguiríamos o mesmo com uma doença para a qual existe vacina e que é transmitida de uma pessoa para outra sem a intermediação de hospedeiros, que tantas vezes funcionam como reservatórios naturais impossíveis de eliminar?
O tempo mostrou que acabar com a varíola foi mais fácil. Primeiro, porque seus portadores são facilmente identificáveis a partir das lesões na pele, enquanto a maioria das infecções pelo vírus da pólio são inaparentes. Apenas 1 em cada 100 a 200 infectados desenvolve a forma paralítica da doença, mas todos eliminam o vírus nas fezes. Segundo, porque enquanto uma única dose da vacina antivariólica confere imunidade em 95% a 98% das vacinações, a da paralisia infantil exige três, quatro e às vezes seis doses de reforço.
Apesar dessas dificuldades, o número de casos e o de países que os relataram caiu rapidamente.
No Brasil, o último diagnóstico foi feito em 1990. A OMS declarou a doença definitivamente erradicada das Américas em 1994, e da Europa em 1999.
Os vírus da poliomielite não são todos iguais, eles pertencem a três sorotipos: 1, 2 e 3. O último caso provocado pelo sorotipo 2 foi detectado em 1999, enquanto aqueles atribuídos aos sorotipos 1 e 3 diminuíram 99% entre 1988 e 2005.
No final de 2009 foi obtida uma nova vacina oral bivalente contra esses sorotipos 1 e 3. Sua administração para crianças negligenciadas nas campanhas anteriores provocou queda de 95% das ocorrências nos dois maiores reservatórios naturais: norte da Índia e norte da Nigéria.
O declínio da transmissão na Índia e na Nigéria é crucial para o combate, porque vírus procedentes dessas áreas têm causado surtos em outros países anteriormente livres.
Além de Índia e Nigéria, o vírus ainda sobrevive em outros dois reservatórios naturais: Paquistão e parte do Afeganistão. Nos outros oito países que ainda registram casos, ele foi reintroduzido após extinto.
Três deles (Angola, Chad e Congo) se tornaram reservatórios secundários, condição que a OMS considera caracterizada quando o vírus importado continua a circular no novo habitat por mais de 12 meses.
Os desafios logísticos para imunizar em massa mais de 90% das crianças que vivem nesses reservatórios secundários são semelhantes aos enfrentados para erradicar a doença em áreas endêmicas nas quais miséria, insegurança e guerras dificultam as operações.
Embora não seja fácil eliminar o vírus que ainda resiste em seus reservatórios naturais ou secundários, a OMS defende que a poliomielite está perto do final e os especialistas já discutem como prevenir surtos na era pós-erradicação.
Nessa fase deveríamos adotar a vacina Salk, injetável, para evitar as rarísmas complicações da Sabin?
Seria melhor interromper os esquemas de vacinação ou mais prudente mantê-los, apesar dos custos e riscos?