sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Conselheiro Cidadão no TCM ajudará controle de dívida

Conselheiro cidadão’ no TCM ajudará controle da dívida


Pacaembu
No ano que vem, a cidade de São Paulo terá oportunidade de viver um momento muito rico. Refiro-me a riqueza de obras e criatividade. As obras estarão a cargo do prefeito Gilberto Kassab (PSD) que vai botar cada tostão dos nossos impostos para eleger seu sucessor – seja ele quem for. A criatividade será dos candidatos a prefeito que apresentarão planos mirabolantes e ideias geniais para resolver todos os nossos problemas. Nenhum nem os outros darão a menor pelota para o fato de a dívida da prefeitura bater a casa dos R$ 60 bilhões, conforme cálculo do consultor Stephen Kanitz, ou R$ 48 bilhões, nas contas do Tesouro Municipal. Para ter ideia do quanto isso representa: o Orçamento de 2012 previsto pela prefeitura é de apenas R$ 38 bilhões.
Esta conta começou nos descontroles dos prefeitos Paulo Maluf e Celso Pitta que tiveram de renegociar os R$ 11 bilhões de dívida que a cidade tinha com a União. Ao não cumprir com parte de suas obrigações nos governos seguintes, este valor simplesmente explodiu e, mantidas as regras atuais, o subsecretário do Tesouro Municipal, Rogério Ceron, diz que é impossível fechar a conta.
Para não me alongar nesta matemática, explico o problema da seguinte maneira: São Paulo está no cheque especial há muito tempo, recebe bem menos do que tem para pagar, os juros são absurdos e os gastos somente aumentam. Você conhece alguém mais que passa por esta situação? Em lugar de economizar, damos benefícios para construir estádio de futebol e reservamos dinheiro para túneis e avenidas que não resolverão o problema da mobilidade.
O papel do eleitor, ano que vem, será fundamental na cobrança de uma resposta para este problema. Devemos perguntar para cada um que se apresentar como candidato, qual a solução que nos oferece. E questionar o prefeito por que não conseguiu conter o tamanho desta encrenca. Mas apenas isto não bastará, será necessário um controle rígido na forma como a prefeitura pretende gastar nosso dinheiro e o Tribunal de Contas do Município tem esta função, podendo impedir mais abusos e descontroles. Não costuma fazer isto, pois a maior parte de seus conselheiros é comprometida politicamente já que assim foram indicados para o cargo.
Um movimento que surge nesta semana na cidade pode sinalizar mudanças no trabalho do TCM. Um dos conselheiros atuais, Antônio Carlos Caruso, vai se aposentar e os vereadores vão escolher seu substituto. Apesar de os nomes sempre serem lançados a partir do gabinete do prefeito e a indicação ser uma espécie de prêmio de consolação para quem está se aposentado da carreira política, o candidato pode ser qualquer cidadão. Várias entidades, lideradas pelo Sindicato dos Servidores da Câmara Municipal e do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, iniciaram a campanha “Indique seu candidato a Conselheiro”. A ideia é inspirada no movimento promovido pela União dos Auditores Federais de Controle Externo, cujo objetivo foi sugerir um nome com perfil técnico para ministro do Tribunal de Contas da União.
O “conselheiro cidadão”no TCM terá como função reforçar o papel dos auditores que costumam ver seus relatórios e recomendações sobre contratos da prefeitura e investimentos feitos com dinheiro público serem desconsiderados pelos conselheiros que votam apenas com base nos seus interesses políticos. Deverá defender aperfeiçoamento e maior transparência das ações de controle externo, permitindo combate rigoroso à corrupção e mal uso do dinheiro público, entre outra medidas.
As principais entidades da sociedade civil são convidadas a indicar nomes e discutir uma plataforma de ações conjunta desde agora. E unidas pressionarem a Câmara Municipal de São Paulo a apoiar a candidatura do “conselheiro cidadão”, a medida que são os vereadores que fazem a escolha final através de eleição em plenário.
Para indicar nomes e buscar mais informações, escreva para o e-mail indicatcm@sindilex.org.br.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Insidiosa moléstia por: HÉLIO SCHWARTSMAN


SÃO PAULO - Nas últimas décadas, fomos convencidos pelos médicos de que a melhor forma de evitar um câncer fatal era, além de hábitos de vida saudáveis, a detecção precoce. E não é que agora aparecem estudos, como o publicado ontem em Saúde, que questionam o conceito.
A questão é complexa e polêmica. Em nossas mentes essencialistas, a "insidiosa moléstia", como se dizia antigamente (evitávamos até chamá-la pelo nome), ainda é sinônimo de doença mortal. Em nível celular, porém, o câncer é um processo biológico com ampla variedade de desfechos naturais. Há desde tumores agressivos até os inertes, passando pelos de evolução lenta, cujos portadores morrem de outras causas antes de a doença manifestar-se. Como o significado mais letal é o que prevalece, ao menor sinal de malignidade, já se recomenda a remoção do tecido e o tratamento.
 

A estratégia inegavelmente salva vidas, mas há um preço a pagar, como explica H. Gilbert Welch, autor de vários livros e artigos a respeito do sobrediagnóstico de câncer.
Nas contas de Welch, para cada vida que salvamos submetendo mulheres de 50 anos a mamografia, produzimos os seguintes efeitos adversos: de 2 a 10 recebem tratamento sem necessidade; de 5 a 15 sabem da doença antecipadamente, mas o prognóstico não muda; de 200 a 500 experimentam "alarme falso".
Com o aumento dos "check-ups" e exames, altas taxas de sobrediagnóstico são encontradas para câncer de mama, pulmão, próstata, tireoide e melanoma. Para Welch, o sobrediagnóstico transforma gente saudável em pacientes que passam por intervenções agressivas (e pagam por elas) sem motivo.
 

Para complicar mais, no instante do resultado positivo, é impossível dizer se o paciente é aquele que se salvará graças ao diagnóstico precoce ou o que se submeterá a tratamento ocioso. Apesar dos avanços, a medicina ainda exige que façamos apostas, nem sempre explícitas.
Fonte: Folha de São Paulo de 25.10.2011

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dia do Médico

 

Médico


Promovendo e prevenindo

A saúde desta gente

Com ciência e muita luta

Vai cuidando do paciente

Respeitando a vida humana

Alivia a dor presente



Da questão existencial

Do homem ele responde

Seja trabalhando em grupo

Não importa nem aonde


A saúde das pessoas

Celebra com maestria

Todos lhe são muito gratos
Parabéns pelo seu dia!

 

O Conselho Gestor da UBS Veleiros, parabeniza os médicos
 que, trabalhando com dignidade, não medem esforços para cumprir sua missão. 
Suely Aparecida Schraner
 18.10.2011

sábado, 15 de outubro de 2011

Especialistas defendem a inclusão e a manutenção dos idosos no mercado de trabalho


Seminário realizado na Escola Senai Francisco Matarazzo, em São Paulo, apresentou ações inclusivas e mostrou panorama da terceira idade no Brasil SP 07/10/2011-


Em uma época na qual os idosos pensam cada vez mais em manter as atividades do dia a dia depois da aposentadoria, o Senai-SP realizou, em conjunto com o Senai Departamento Nacional nesta quinta-feira (6), o seminário “O Envelhecimento da Força de Trabalho: O que a Indústria tem a Ver com Isso?”. Especialistas trouxeram à tona discussões sobre os impactos do envelhecimento na população brasileira e o papel da indústria neste contexto.

O economista Eduardo Nunes, presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), compartilhou com uma plateia de mais de 100 pessoas os temas que delinearam a evolução demográfica do País e a onda de população idosa no Brasil. Ele destacou que pessoas com idade acima de 65 anos representavam 4,8% da população brasileira em 1990; já em 2010 este índice aumentou para 7,4%, ou seja, mais de 14 milhões de idosos no País.

E como lidar com este novo Brasil? Nunes afirmou que são necessárias novas ações e programas voltados à terceira idade e defendeu ainda a criação de programas de inclusão dos idosos. “Não precisamos construir escolas, precisamos construir educadores e oferecer o melhor nível de ensino. Precisamos de um programa de integração e inclusão social, psicológica e econômica dos idosos na sociedade brasileira”, observou.

Eduardo Pereira Nunes afirmou que ainda não corremos o risco de ter um hiato de mão de obra. “O papel social da população idosa é exatamente o de preparar o jovem para o novo mercado de trabalho; já o papel individual é também o fato de que ele não pode sair do mercado de trabalho prematuramente do ponto de vista biológico”.

Entre os índices crescimento da população idosa em todas as faixas etárias, uma curiosidade: no Brasil, 23 mil pessoas possuem mais de 100 anos de idade. E a maior parte se encontra no Estado de Bahia.

Continuidade

Laura Machado, diretora da InterAge Consultoria em Gerontologia Ltda. e consultora do Senai, expôs o percurso que a questão do envelhecimento tem feito no cenário nacional e internacional. Para ela, é urgente a mudança organizacional e o entendimento das indústrias sobre a permanência dos idosos no mercado de trabalho.

A diretora afirmou que 70% dos brasileiros querem se manter ativos após a aposentadoria, de acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Recursos Humanos do Rio de Janeiro (ABRH/RJ).

“O conceito de aposentadoria já ficou velho. Tínhamos este conceito da imagem de uma cadeira de balanço, dentro de casa, o que hoje não reflete a realidade”, ressaltou.

Mas por que os idosos querem continuar trabalhando? Entre as justificativas, Laura listou a necessidade financeira e do benefício do plano de saúde oferecido pelas empresas, prazer em trabalhar, manutenção da atividade psicológica e mental e a vontade de se manter produtivo.
“Não há barreiras para quem quer continuar ativo. O empresário Roberto Marinho (jornalista fundador da Rede Globo de Televisão, falecido em 2003) começou seu empreendimento aos 60 anos de idade, quatro décadas atrás”, disparou.

Laura discorreu sobre o Senai para a Maturidade, que tem como objetivo inserir na educação profissional o trabalhador em processo de envelhecimento e dar subsídios aos interlocutores para a sustentação do projeto.

Além disso, o programa visa conscientizar sobre a importância da manutenção da empregabilidade mediante o desenvolvimento de programas de qualificação.

Livro

Ao final do evento, foi lançado o livro do Programa Senai de Ações Inclusivas: Projeto Senai para a Maturidade, intitulado “O Envelhecimento Populacional Brasileiro e o seu Impacto no Mercado de Trabalho: Desafios e Oportunidades".
Por Edgar Marcel

Fonte:








sexta-feira, 14 de outubro de 2011

enfrentando o crack


Enfrentamento

Onde procurar ajuda

Além dos serviços oferecidos na rede pública de saúde, é possível contar com outros recursos disponíveis na comunidade, como os grupos de mútua ajuda - Narcóticos Anônimos (NA), Grupos Familiares e Grupos Familiares Nar-Anon do Brasil (Nar-Anon) -, assim como comunidades terapêuticas.
O sistema de busca do Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (Obid) permite acesso a instituições brasileiras que oferecem tratamento para dependentes de drogas como o crack. Pelo site, os interessados podem localizar a instituição mais próxima e utilizar filtros de busca por estados, cidades ou CEP.

O governo federal, por meio da SENAD, mantém ainda a central telefônica VivaVoz (0800 510 0015), que presta orientação e fornece informações por telefone sobre o uso indevido de drogas. O serviço é gratuito e aberto a toda população e os atendimentos são realizados por consultores capacitados e supervisionados por profissionais da área de saúde. No Disque Saúde (0800 61 1997), também é possível obter mais informações.

Fonte:
http://www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack/enfrentamento/como-ajudar/onde-procurar-ajuda

domingo, 9 de outubro de 2011

Da inteligência canina - UMBERTO ECO


CRÔNICA

Da inteligência canina

Quando o cão elabora um plano complexo
RESUMO Um fait-divers recentemente publicado na imprensa italiana, sobre um cão que dá prova de sagacidade numa situação de grave perigo para sua dona, suscita reflexões sobre a inteligência dos cachorros, assinalada por autores da Antiguidade clássica, como Plutarco, Plínio e outros.

UMBERTO ECO
tradução MAURÍCIO SANTANA DIAS
     

UMA SENHORA que estava catando cogumelos com uma amiga é picada por uma vespa, tem um choque anafilático, para de respirar, a amiga telefona para a emergência, mas o socorro demora a chegar porque as duas mulheres estão em um bosque muito cerrado e é difícil localizá-las.
    Então Queen, o cachorro (mas imagino que fosse uma cadela) da amiga, em vez de ficar ali, como o instinto recomendaria, ganindo e lambendo a mão da moribunda, parte feito um raio, atravessa o bosque, encontra a equipe de resgate e a conduz até o lugar certo.
    Como Danilo Mainardi comenta no "Corriere della Sera" de 21 de agosto, não estamos diante de um simples comportamento instintivo: estamos diante de um comportamento "inteligente", em que o cão não responde ao comando do instinto (não se afastar do ferido), mas elabora "um plano complexo, que abrange até a coparticipação de outros indivíduos".
    RACIOCÍNIO O caso -e os comentários de Mainardi- evocam uma literatura antiquíssima e vasta sobre as capacidades de raciocínio dos cães. Um dos textos que mais influenciaram essa tradição é a "História Natural" (77 d.C.) de Plínio, que trata da fala dos peixes e dos pássaros e discorre amplamente sobre a inteligência canina, cita um cachorro que reconhecera entre a multidão o assassino de seu dono e, com seus latidos e mordidas, o forçou a confessar o crime, ou ainda o cachorro de um condenado à morte que uivava dolorosamente e, quando um espectador lhe jogou uma comida, ele a levou até a boca do morto; quando o cadáver foi atirado no Tibre, ele também se jogou e nadou, tentando sustentá-lo.
    Mas a discussão filosoficamente mais interessante já tinha ocorrido pelo menos três séculos antes, em um debate entre estoicos, acadêmicos e epicuristas. No âmbito da discussão estoica desponta um argumento atribuído a Crisipo, que será retomado e popularizado quase cinco séculos depois por Sexto Empírico.
    Sexto considerava que os cães fossem capazes de raciocínio lógico, e a prova disso era que um cão, após chegar a um trívio e reconhecer pelo faro que a presa não tinha seguido por duas das estradas, imediatamente envereda pela terceira sem nem farejar. Com efeito, o cão teria formulado de algum modo o seguinte raciocínio: "A presa seguiu por esta estrada, ou por essa, ou por aquela; ora, a estrada não é esta nem essa; então só pode ser aquela" (o que seria um exemplo de raciocínio conhecido como "quinto indemonstrável").
    Além disso, Sexto lembrava que os cães possuem um "logos" porque sabem arrancar espinhos do corpo e limpar as feridas, porque mantêm imóvel a pata doente e identificam as plantas que podem aliviar a dor.
Quanto a uma linguagem animal, é verdade que não compreendemos os sons emitidos por eles, mas tampouco entendemos os sons emitidos por bárbaros, os quais no entanto falam; e os cães certamente emitem sons diversos em situações diferentes.
    PLUTARCO Poderíamos continuar citando o "De Sollertia Animalium" (sobre a astúcia dos animais), de Plutarco, no qual se diz que, de fato, a racionalidade animal é imperfeita se comparada à humana, mas que essas diferenças também ocorrem entre seres humanos; e em outro diálogo, "Bruta Animalia Ratione Uti" (os animais usam a razão), a quem contestasse que seria demasiado atribuir a razão a seres que não têm uma noção inata da divindade, Plutarco responderia recordando que entre os seres humanos também existem os ateus.
    Em "A Natureza dos Animais", de Eliano, além dos argumentos já vistos, são citados exemplos de cães que se apaixonam por seres humanos. No "De Abstinentia" (da abstinência), de Porfírio, os argumentos em favor da inteligência animal servem para sustentar uma tese "vegetariana". Todos esses temas serão retomados de várias maneiras na era moderna, até nossos dias.
    Mas paremos por aqui: ainda que não se consiga definir bem a inteligência canina, deveríamos ser mais sensíveis a esse mistério. E, se for muito difícil virar vegetariano, pelo menos que donos menos inteligentes que eles não abandonem seus cães nas estradas. 

Tradução Maurício Santana Dias



Cães possuem um "logos" porque sabem arrancar espinhos do corpo e limpar feridas, porque mantêm imóvel a pata doente e identificam plantas que podem aliviar a dor Plutarco diz que, de fato, a racionalidade animal é imperfeita se comparada à humana, mas que essas diferenças também ocorrem entre os próprios seres humanos

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Atividade no Lar Jésus Gonçalves e a poesia " Meu Tempo de Criança"



No dia 5 outubro, estivemos no LJG para mais uma atividade.
Abrimos esta publicação com a poesia do amigo e poeta João Terciano.

MEU TEMPO DE CRIANÇA

Em cima da minha mesa
Existe um pequeno calendário
De belas e coloridas gravuras
Com fotos de um aquário
Peixinhos de várias espécies
E pedrinhas de calcário.

Finalmente terminou setembro
Renovamos nossa esperança
Chegamos ao mês de outubro
Lembrando minha infância
Quase choro de tanta saudade
Do tempo em que fui criança.

Hoje tudo é tão diferente
Uma semana para comemorar
Presentes e muitos brinquedos
Quase não dá para acreditar
Que se gastam tanto dinheiro
E as crianças não querem brincar.

Crianças de hoje não brincam
As brincadeiras são rudes
Não se rodam mais os piões
Sumiram as bolinhas de gude
Não há mais brincadeira na rua
O poeta acredita que isso ainda mude.

João Terciano


No dia 05 de outubro a atividade no LJG foi: "Fiquem com os anjos"

Esta atividade consistiu em confeccionar cartões montando um quebra-cabeça de anjinhos. A criança que existe em nós foi lembrada com cantigas da infância: “Criança, feliz, feliz a cantar, alegre embalar um sonho infantil...” Embaladas pelas canções lembradas por cada uma das presentes, encerramos com a sessão pipoca, na promessa de mais uma ação no próximo mês.

No dia 14 de setembro a atividade foi "Um copo de primavera e doce caneca"

Uma saudação à primavera: Copos de requeijão foram vasos e a tampa, o prato. Lindas flores completaram o arranjo azul celeste.  Canecas para o chá da tarde, mais e as imprescindívei “pipoquinhas” finalizaram a atividade.


As integrantes do Conselho Gestor, Eneida P. Martello e Suely A. Schraner, estão comprometidas com estas atividades .  
As "meninas" Brasilina, Cicera, Divina, Ilda, Lenita, Maria Morena, Marina e Terezinha protagonizam tudo.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O Sabiá Laranjeira



Poema enviado pelo poeta e leitor, Sr. João Terciano.
Foto da web

Na Praça central de Veleiros
Do galho de uma paineira
Existente naquela praça
Ao lado da cerejeira
Ouvi um cantar tão triste
Pareceu-me amargurado
O pobre sabiá laranjeira.

Parei e fiquei escutando
Aquela triste melodia
Comecei a me perguntar
Qual a dor que ele sentia
Pareceu-me cheio de mágoas
Talvez por causa do amor
Ou fruto de cruel tirania.

Após trinta minutos de espera
Cheguei a triste conclusão
Sua bela e leal companheira
Estava presa em um alçapão
Nas grades do pomposo jardim
Do sujeito tão desalmado
Proprietário daquela mansão.

Precisando tomar uma atitude
E vendo a noite se aproximar
Descobri o telefone da casa
Usei o orelhão para ligar
Ao notar que não havia ninguém
Abri a tampa do alçapão
E deixei a sabiazinha escapar.

Depois da grande façanha
E temendo ser visto por alguém
Virei à esquina em disparada
Mas feliz como um homem de bem
Ainda houve tempo para eu ouvir
O canto alegre do sabiá laranjeira
E eu? Ah! Perna pra quem tem.

João Terciano
Jotatê
Setembro 2.011